ORCHIDACEAE

Epidendrum addae Pabst

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Epidendrum addae (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

13.041,193 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre na Mata Atlântica, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Barros et al., 2011). A espécie é relativamente rara e proveniente dos pontos mais altos da Serra do Mar e da Mantiqueira. Originalmente descrita com base em material proveniente de Teresópolis (RJ), foi coletada no ponto mais alto da Ilha do Cardoso (Barros, 2002). A espécie tem ocorrência limitada a grandes altitudes na Mata Atlântica do Rio de Janeiro e de São Paulo (Pabst e Dungs, 1975 apud Romanini, 2006). Blum (2010) registrou a ocorrência da espécie para um trecho de floresta ombrófila densa na Serra da Prata, Morretes, Paraná. Na Serra dos Órgãos a espécie ocorre entre 1100 e 1300 m de altitude (Miller et al., 2006).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(v);D2
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Epidendrum addae</i> apresenta distribuição não muito ampla ao longo da costa Atlântica e é conhecidapor um pequeno número de coletas. A EOO da espécie é de 11.681,58 km², e o número de situações de ameaça é inferior a cinco. A espécie apresenta especificidade de habitat, dependendo de florestas bem conservadas situadas em uma faixa altitudinal bastante estreita. Suspeita-se que a espécie esteja sujeita à coleta para fins ornamentais, o que pode estar causando declínio no número de indivíduos maduros da população. Por esses motivos, <i>E. addae </i>foi considerada "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Na descrição original (Pabst 1972) a espécie foi ilustrada apenas por um desenho de flor dissecada. Posteriormente, foi apresentada uma ilustração completa da espécie em Barros (2002). Pode ser reconhecida por suas flores vinoso-arroxeadas a vinoso-esverdeadas, sépalas elíptico-obovadas a oblongo-obovadas, labelo inteiro, transversalmente elíptico e disco com dois calos arredondados na base (Barros, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Miller et al. (2006) afirmam que a espécie é localmente comum na Serra dos Órgãos, porém está ausente em muitas áreas aparentemente ideias para seu desenvolvimento.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa (Barros; Rodrigues; Batista, 2009)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Planta epífita, com floração na época do verão (Romanini, 2006). Na Serra dos Órgãos foi encontrada como epífita de médio porte em galhos espessos, baixos e horizontais em florestas originais, tolhidas e retorcidas a cerca de 20 metros abaixo de cumeeiras. A planta requer luminosidade difusa, boa quantidade de umidade, detrito vegetal acumulado e boa movimentação de ar, podendo ser encontrada em flor o ano todo, com seu clímax em novembro e janeiro e flores que duram por três semanas (Miller et al. 2006).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.2.2 Artisinal/small-scale local
​Suspeita-se que a espécie esteja sujeita à coleta para fins ornamentais

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Espécie categorizada como "Em perigo" (EN) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre na Reserva Biológica do Tinguá, Rio de Janeiro (Bocayuva, 2005).